Você sabe como funciona o Disco de Vinil?
Em 1877, o inventor norte-americano Thomas Edison, compreendendo que o
som é a vibração de partículas que se propaga através de um meio – como
em ondas pelo ar – desenvolveu uma técnica para que essas ondas pudessem
ser gravadas. Assim surgiu o fonógrafo, o primeiro aparelho a utilizar
uma agulha e um amplificador para reproduzir o som. O disco de vinil
nasceu anos depois, na década de 1940, utilizando quase a mesma técnica
do seu antecessor.
1. PRIMEIRO MOLDE
Para se produzir um disco de vinil, são necessárias várias etapas:
primeiro, a música é gravada em um estúdio e armazenada analogicamente
(em fita) ou digitalmente (num HD). Depois, na fábrica de vinis, uma
máquina grava esse conteúdo num disco de alumínio polido, revestido com
laca (uma resina). Por “gravar”, entenda-se fazer ranhuras no material.
2. O GRANDE SEGREDO
As ranhuras, essencialmente, são ondas sonoras impressas. Pode parecer
bizarro que uma música inteira caiba em uma única onda, mas é isso
mesmo. O mais comum, porém, é a impressão de duas ondas separadas que se
complementam – o que chamamos de estéreo. Como a ranhura no vinil tem
formato de V, cada onda é impressa de um lado.
3. IMPRIMINDO DISCOS
O disco de alumínio é banhado com prata e níquel, formando uma camada
metálica que é separada do disco original. Essa camada é o máster
metálico, um molde para produzir os discos de vinil em escala
industrial. Ele é encaixado em máquinas que aplicam uma força de 100
toneladas sobre “biscoitos” de PVC derretido, gravando os vinis. Cada
disco leva menos de 30 segundos para ser feito.
4. MÁQUINA DE MÚSICA
Para reproduzir um vinil, é necessário um toca discos, aparelho
conhecido aqui no Brasil como vitrola. Esse equipamento possui uma base
onde fica o prato circular e um pino no centro para segurar o vinil. O
prato gira com a ajuda de uma correia propulsora e um motor elétrico que
faz o disco rodar em sentido horário.
A agulha – feita de um material muito resistente, como safira ou diamante – tem um formato de cone e é responsável por ler as ranhuras. O disco pode girar em duas velocidades (33 ou 45 rotações por minuto), o que pode ser ajustado na vitrola. Conforme ele gira, a ponta da agulha delicadamente percorre os sulcos gravados no vinil, vibrando de acordo com o microscópico relevo.
6. VIAGEM ELETRIZANTE
As vibrações da agulha vão até a cápsula fonocaptora, na ponta do braço.
Ela contém um ímã e uma bobina. Quando as vibrações fazem o ímã se
mover, elas interferem no campo magnético gerado por ele, transformando a
energia mecânica em sinais elétricos, que passam pela bobina e viajam
pelos fios ao longo do braço.
7. AUMENTA O VOLUME!
Na hora da reprodução num alto-falante, o que acontece é o processo
inverso: o sinal elétrico passa pela bobina em corrente alternada,
gerando um campo magnético que é atraído e repelido pelo ímã muitas
vezes por segundo. Esse movimento faz vibrar o diafragma, a estrutura
côncava feita de plástico ou papel, o que faz vibrar o ar, criando ondas
de som.