POR QUE AS CANETAS NÃO FUNCIONAM NUM AVIÃO A JATO?

Para todas as pessoas que faço esta pergunta tenho como resposta imediata: uma cara de espanto e surpresa, seguido da questão: mas como assim? 




Mas a questão é válida e se isto acontecer não pense ser um defeito da sua caneta. Acontece que as canetas convencionais (do tipo esferográfica) tem como princípio básico a utilização da pressão atmosférica como elemento que “empurra” a tinta contra uma esfera, a  qual tem dupla função: a) a primeira é servir como “tampa”para não deixar a tinta escorrer fora de uso; b) a segunda é servir para liberar a tinta de modo uniforme quando em uso.

É fácil perceber a ação deste mecanismo se tentarmos escrever com a caneta inclinada ou de cabeça para baixo (ponta-cabeça); a tinta logo deixará de sair.

O que acontece num avião a jato é que nestes aparelhos temos o local de passageiros  pressurizado (com a ação da pressão atmosférica bem reduzida àquela incidente quando estamos ao nível do mar), propiciando as condições para que o ser humano respire normalmente dentro da cabine, isto é, minimiza-se os efeitos da altitude sobre os tripulantes e passageiros.



Através deste artifício as pessoas não sentem os desconfortos de viajar numa altitude acima de 10.000 pés, mas com isto toda aquela “força invisível” que empurra a tinta praticamente inexiste, e a liberação da tinta não acontece ou é muito dificultada.
 


Mas, se precisares escrever durante um trajeto de avião, não se preocupes, pois no mercado já estão disponíveis opções de canetas de tinta líquida adequadas para este uso, as quais também poderão ser utilizadas por quem precisa escrever de cabeça para baixo de vez em quando.





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